Contando ninguém acredita. Com o meu olho direito eu trabalho, assisto filmes, estudo, pesquiso... Meus olhos não são apenas as janelas para a minha alma. Meus olhos são imprescindíveis pra a minha realização profissional.

Imaginem vocês qual a minha surpresa quando, ao entrar em um consultório oftalmológico pra uma consulta de rotina, deparo-me com um diagnóstico de descolamento de retina. Kaká estava comigo e ficou mais amedrontada do que eu, mas se não fosse por ela, eu não teria segurado a onda.

Para os desavisados, a retina é a parte do olho onde a imagem é formada. Comparando com uma câmera fotográfica, seria o filme. Se a retina descola, você não enxerga, pois ela fica boiando no líquido dentro do olho. Pode-se imaginar o que passou pela minha cabeça.

A minha sorte é que meu médico – Dr. Daniel Gonçalves – é especialista em retina e vítreo e, graças a consulta de rotina, diagnosticou uma lesão antes de causar algum dano irreversível. Qual o tratamento? Laser, baby!

A fotocoagulação à laser é um procedimento clínico bem simples, mas extremamente apavorante. Imagine um cidadão bombardeando seu olho com raios laser esmeralda –sim, lembra me muito o anel de Hal Jordan, Killowog e Kyle Ryner – e com uma sensação que parece que estão enfiando agulhas quentes no seu olho. Conseguiu imaginar?

Hoje eu fiz a terceira e última sessão de laser. Bom o motivo desse post é para agradecer ao Dr. Daniel, por ter me proporcionado de continuar enxergando e registrando um mundo. Obrigado Daniel, Deus lhe pague.

Desde seu debut solo, com Izzy Stradlin and the Juju Hounds que esse guitarrista tranquilo e de voz rouca vem superando as expectativas. Izzy foi o primeiro músico a sair do mainstream e cair no indie e, por incrível que pareça, manter uma carreira consistente e interessante. Hoje ele consegue ser muito mais do que era no Guns. E olhe que todos os hits eram composições dele.

A formação conta com o antigo colaborador, Rick Richards, presente desde o primeiro álbum solo do guitarrista e Taz Bentley, ex-baterista do Reverendo Horton Heat, que se juntou ao ex-gunner em seu segundo álbum, 117°.

Com seu sexto álbum, Like a dog, Izzy mantém a mesma sonoridade que nos anteriores e faz um som mais básico e cru. As guitarras de Like a dog soam como toda banda de rock que almeja esse título deveria, com distorções gordas de amplificadores Fender e pegadas viscerais. Os solos de Richards dão um leve tom sulista, sem deixar o som caipira demais.

Procure na net, peça pra alguém gravar pra você, faça o diabo, mas não deixe de ouvir esse álbum que mostra que velhos roqueiros ainda têm muitas supresas.