• Links
• Rondexter.com
• Cinematography.net
• Cinematography.com
• American Society of
  Cinematography
• Fabio Barreira
• Kaka
• Valter Bruno
• Histórias Massa
• Alexandre Beanes
• PutaMadreCabron
• Rodolfo Filho
• Marv Wolfman
 
• Arquivos

 

Powered by Blogger

18/04/2004


O sumiço da semana

Esta semana foi tão complicada que eu não pude publicar nada. Além das aulas na faculdade e do trabalho ainda tiveram outras coisas, como algumas atividades para a Lobotomia e a confecção de um storyboard que está me consumindo todo o meu tempo livre.

Já tenho um material pra publicar, farei isso quando estiver um pouco mais descansado e com as idéias mais em ordem.

05/04/2004







Vanguarda ou estilo?

Nos meus tempos de jornal, eu recebi uma pauta de um editorial de moda. O trabalho foi moleza, era o que eu sabia fazer melhor.
A locação foi escolhida e modelo foi produzida e maquiada como deveria. Eu fiz todo o ensaio de uma forma bem tradicional, usei luz natural e explorei as cores do figurino e da locação. Ao chegfar ao final eu resolvi inovar e fazer uma foto em baixa velocidade com modelo andando, o resultado foi controverso.
Ao receber o material meu editore me ligou perguntando se eu estava maluco, segundo ele "foto borrada" não vende jornal. Tentei explicar de tudo quanto é jeito, indiquei referências, defendi a idéia de que em moda deve-se ter mais liberdade. Nada disso colou.
Bem, qual foi a minha surpresa ao abrir o The New York Times e achar uma foto no mesmo estilo? A fotógrafa Barbara Fernandez usou exatamente a mesma técnica que eu usei e garanto que não foi recriminada por ser vanguardista.
Qual a lição que se deve aprender? Bem, algumas bem simples.

1- Leia o New York Times, Vogue, GQ e tudo que ditar tendências no mundo. Entenda o que se está fazendo lá e tente se antecipar.

2- Defenda a sua foto, mas tenha sempre uma que agrade ao seu editor ou cliente. Você escolhe se manda as duas juntas ou mostra primeiro a mais nova pra ver se ele engole.

3- Estude, estude, estude e quando você achar que já sabe tudo, tá na hora de estudar, na verdade você não sabe nada.

4- Seu Editor não é Deus, mas ainda assim é seu chefe. Faça o que ele pede e só bata o pé quando tiver certeza que ele vai ceder.

02/04/2004


Morte anunciada?

Ok, a Kodak anunciou que vai parar de produzir filmes, para as câmeras fotográficas tradicionais, restringindo a venda apenas para o mercado sul americano. O mercado de fotografia está caminhando cada vez mais para o 100% digital, mas será que a película irá mesmo acabar?

Essa conversa gera discussões infindáveis, dividindo opiniões e criando defensores exaltados. O mercado de fotografia profissional já está quase que totalmente digital, no entanto alguns fotógrafos ainda optam por trabalhar em película para trabalhos mais específicos.

Os jornalistas defendem o uso do digital em função da rapidez, custo/benefício e praticidade. A produção cinematográfica brasileira está caindo no digital pra poder viabilizar as produções. Um longa produzido em digital e finalizado em 35mm causa o mesmo impacto na platéia de leigos e saí muito mais em conta.

E como fica Hollywood? Bem, a indústria cinematográfica americana gasta mais em cópias para o terceiro mundo do que nós gastamos para produzir os nossos filmes. Ainda hoje, quase cem por cento das produções ainda usam o negativo Kodak 35mm – o filme cinematográfico continuará em produção. Os fotógrafos ainda preferem os contrastes, a fidelidade de cores e os valores de gamma da película.

Por essas e outras eu penso que a substituição do formato ainda irá demorar. Pode ser que, nos países que não tenham recursos, essa mudança se dê antes, mas nos países mais desenvolvidos pelo menos o cinema continuará em filme, – jornais como a Folha de São Paulo e The New York Times e publicitários JR Duran já são digitais há anos – um bom exemplo e o seguinte: as teleséries americanas que precisam de agilidade por ser TV, ainda são produzidas em película. Você realmente acha que isso vai mudar da noite pro dia?

01/04/2004


Coincidência

Ao inscrever um projeto para o prêmio Braskem, eu tive que fazer um orçamento detalhado. Como o prêmio será cem mil reais para produzir um curta finalizado em 35mm, eu optei por produzir o Noite em desalinho em 16mm - o projeto com a Lobotomia será em DV e depois será feito o transfer, opção da maioria - e para tanto tive que escolher o filme antes de sequer decupar o curta.

A minah escolha foi o Kodak Vision T 7279 de ASA 500, isso já fo iaté comentado aqui, mas o que mais e surpreendeu é que ao ler a American Cinematography eu vi que o fotógrafo de West Wing escolheu o mesmo filme para rodar a série. A minha escolha se deu em função da necessidade do filme. Cenas noturnas e em interiores, a necessidade de se ter sombras densas com boas leituras de detalhes, exatamente os mesmos motivos de West Wing.

Eu assisto West Wing sempre que posso. Sempre curti muito o estilo da fotografia, com suas luzes mentirosas atrás das pilastras e a sub-exposição predominate dos ambientes. É curioso, mas esse estilo acabou me influenciando muito e saber que - se tudo der certo e nós tivermos sorte - estarei trabalhando com a mesma película é muito importante pra mim, pois me dá segurança de que poderei conseguir um resultado próximo.