
Na década de oitenta o cenário do rocker mundial, leia-se aqui ianque e britanico, passava por um crise. Grandes bandas sofriam baixas devido aos exageros perpetrado po seus membros. O movimento de paz e amor já não tinha tanto a oferecer, o hippies deram espaço aos moletons e a vida sadia de academia. Eram os anos disco. Até que em 1987, do underground de L.A. chegava às lojas um "bootleg" que mesclava o som pesado do Led Zeppellin e do Aerosmith com o "Glam" do New York Dolls destilando o trinômio sexo, heroína & Rock N' Roll com muita frescura e competência. Tudo isso perpetrado por cinco figuras coloridas e extravagantes: O Guns N' Roses. 
Capa original que foi censurada.
Escândalos - a capa original que mostrava uma garota estuprada por uma criatura abominável, foi proíbida nos EUA sendo sustituída pela ilustração do crucifixo - , prisões, quebra-quebra, overdoses, Jack Daniel's e muitas vagabundas, essas eram as inspirações do quinteto californiano capitaneado por W. Axl Rose.

Chapados? Não, imagina!
Todo garoto acima dos doze anos queria aprender a tocar guitarra como Slash, eu nuca quis, prefiro até hoje o som de Izzy Stradiln, segundo guitarrista da banda que, como nem todo mundo sabe, foi o responsável pela maioria das composições sendo, portanto, uma parte importantíssima da banda, que contava ainda com Steve Adler na bateria e Duff McKagan no baixo.
Appetite tem uma sonoridade única, cada música se completa de uma forma magistral e a cada vez que se ouve descobre-se algo diferente. Os "riffs", no melhor estilo Lynyrd Skynyrd, são bombásticos, executados por guitarras com timbres que lembram uma motoserra formando um muro de texturas com um brilho especial. Os vocais são poderosos e combinam histeria e lirismo.
O Guns não inventou nada. Reciclou um monte de coisa, mas das pessoas certas. "Quando você copia de uma fonte é plágio. Quando é de mais de uma, isso se chama pesquisa".