Como a Gazeta saiu hoje, publicarei aqui o texto que eu escrevi para a coluna de cinema.
X2: X men United
Está em cartaz em todo o mundo um dos filmes mais esperados desta temporada, X Men 2 (X2: X men United - 20th Century Fox, 2003), continuação do sucesso de bilheteria de 2000 e adaptado do quadrinho homônimo, publicado no Brasil pela Panini Comics.
Quem for ao cinema, ou deixar de ir, achando que vai assistir a um filme superficial sobre uma equipe de super-heróis terá uma grande surpresa. X2 é uma das melhores adaptações de quadrinhos já produzida.
A trama é bem amarrada e não tem furos. Um general do exército americano, consultor do presidente desenvolve secretamente um projeto para aniquilar com todos os mutantes do mundo, para isso ele precisa do professor Charles Xavier (Patrick Stewart), diretor de uma escola para jovens superdotados e criador do grupo de mutantes. O diretor Bryan Singer (Os Suspeitos), conseguiu desenvolver a história de forma intensa usando temas como discriminação racial (veja a cena em que Bobby Drake conta aos pais que é mutante), relacionamentos bigâmicos e amizade para nortear as emoções do espectador. Nesse filme também pode se conhecer um pouco mais do passado de Wolverine, interpretado de forma magistral pelo ator australiano Hugh Jackman.
Em contraponto a outros filmes de jedis e heróis escaladores de parede, os efeitos especiais de X2 entram em cena como uma simples ferramenta, usados na medida certa, sem exageros e pra justificar não compensar a deficiência do argumento.
Ter passado boa parte da adolescência lendo quadrinhos e fazendo listas de elenco de possíveis filmes de super-heróis, criou uma grande expectativa que me faz ficar bastante apreensivo quando a indústria hollywoodiana resolve filmá-los. Ao assistir à película pronta, me emociono ao constatar que tudo que sempre esperei está lá, bem feito, com as referencias corretas e acessível para o grande público assistir, entender e desfrutar de uma ótima matinée.